26 de novembro de 2010

Entrevista: Atriz fala sobre suas personagens no cinema

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Atriz fala sobre suas personagens nos longas-metragens 'O Homem do Futuro' e 'Heleno'

Quem gostou do elogiado trabalho de Alinne Moraes na novela “Viver a Vida” e estava com saudade, terá duas boas oportunidades para ver a bela atriz na tela do cinema em 2011, contracenando com alguns dos mais badalados atores do momento. Na comédia “O Homem do Futuro”, coprodução da Globo Filmes dirigida por Claudio Torres, ela interpreta a sedutora Helena, musa do cientista Zero, personagem de Wagner Moura. Já em “Heleno”, de José Henrique Fonseca, a moça vive Silvia, amor do ex-craque do Botafogo, papel de Rodrigo Santoro. Em entrevista exclusiva à Página do Cinema, a atriz conta que precisou vencer a timidez para cantar diante 400 figurantes durantes as filmagens de “O Homem do Futuro” e que, no momento, não se identifica com a sensualidade de sua personagem. “Tive de me puxar nas cenas mais picantes da super-heroína poderosa e sedutora”. Alinne conta também que a entrega de Rodrigo Santoro a emocionou, que divertiu-se com Wagner Moura e que quer férias para dançar balé.


Você estreou no cinema em 2006, em ‘Fica Comigo Esta Noite’. De lá para cá, participou de ‘Os Normais 2’, filmou ‘Heleno’ e teve grande sucesso na novela ‘Viver a Vida’. O que mudou da Alinne de 2006 para a que está fazendo ‘O Homem do Futuro’?
O que mudou é o fato de eu me sentir bem mais vontade num set de filmagem, de ter adquirido mais experiência e confiança nestes últimos anos. Estou bem menos ansiosa, o que facilita na compreensão e execução da personagem. Me joguei com tudo. Apesar da descontração e dos ataques de risos no set, na hora do “ação”, eu buscava um pouco de drama para encontrar a verdade da minha personagem. Fazer comédia ainda é um pouco complicado para mim já que não tenho a prática. É mais delicado do que fazer drama, pois tudo tem que parecer muito natural.


Este é o seu terceiro papel de destaque em um filme. Em 2006, você disse que achou o cinema muito diferente da TV. Você já está perfeitamente adaptada aos sets?

Eu ainda acho o cinema bem diferente da TV por vários aspectos, mas, no fundo, quando a cena começa, a brincadeira é a mesma. Se me sinto adaptada? Acho que posso dizer que sim. Como disse, já me sinto bem mais à vontade.

Na época do lançamento, você disse se identificar bastante com o romantismo da Laura de ‘Fica Comigo...’, mas que tinha um temperamento menos sereno e mais “apimentado” que o dela. A Helena parece ter essa pimenta, inclusive no que diz respeito à sexualidade. Você se identificou com ela? Por quê?
Acho que hoje estou mais pra serena do que pra pimenta (risos). Ando tão tranquila, que a Helena me surpreendeu um pouquinho. Tive que me puxar nas cenas mais picantes da super-heroína poderosa, decidida e sedutora. Mas me identifico com as escolhas que ela faz no filme. É uma personagem fiel e persistente.

Você contracenou este ano com dois atores muito bem-sucedidos no cinema, Rodrigo Santoro e Wagner Moura. Como foi a convivência e a troca de experiências com cada um deles?

Eu já havia trabalhado com os dois. Fiz “Mulheres Apaixonadas” com o Rodrigo e “Sexo Frágil” com o Wagner. São atores maravilhosos e bem diferentes. Sempre os observei e aprendi muito com os dois. O Wagner é uma figura incrível, vai do drama à comédia em segundos, sempre com muita verdade. É generoso e muito divertido. Na época do “Sexo Frágil”, ele já havia me tratado com uma gentileza absurda. Nessa profissão, é necessário que seja assim, senão não dá certo. Posso dizer que ele foi um grande parceiro e que quero trabalhar com ele muitas vezes. Formamos uma grande dupla e tivemos muita química. Em “Heleno” eu mergulhei de cabeça. É um filme denso e delicado por conta de toda a sua história de altos e baixos. O Rodrigo é muito concentrado! Todos no set só se referiam a ele como Heleno. Eu mesma, quando olhava, só enxergava o Heleno! É um ator que se joga, se entrega. Foi emocionante! Heleno foi um jogador brilhante, polêmico e teve um final difícil, solitário. Interpreto Silvia, mulher de Heleno, que acompanha a trajetória do craque do começo ao fim. O filme estreia no Festival de Toronto agora em setembro (no Brasil, a estreia está prevista para novembro). Resumindo: sinto-me honrada por ter trabalhado ao lado desses dois grandes atores.

Houve alguma cena particularmente difícil de ser feita em ‘Heleno’ ou em ‘O Homem do Futuro’?
Em “Heleno”, eu destacaria a cena em que a minha personagem, Silvia, o vê pela primeira vez no hospital, já acabado por conta da sífilis. Foi delicado porque, nessa fase, ao mesmo tempo em que ela esconde o seu amor por Heleno, está casada com o melhor amigo dele. Foi uma cena cheia de contradições, bem delicada pra mim. Já em “O Homem do Futuro”, a cena mais difícil foi uma que fiz em cima do palco. Precisei acreditar e soltar a voz. Cantei Legião Urbana pra 400 figurantes. Coitados (risos). Como eles ainda não haviam participado da filmagem, estavam extremamente empolgados para a cena e pareciam estar realmente em um show de rock. Me senti uma verdadeira estrela, quase uma popstar. Cheguei a me emocionar com toda aquela energia.

Quais são os seus próximos projetos?

Depois desses dois filmes e de ‘Amor em 4 Atos’, do Bruno Barreto, só penso nas minhas férias e em fazer muitas aulas de balé!



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