Entrevista: 'Tenho fé'

Alinne Moraes tem chamado a atenção do público com sua personagem Isabel na novela das 6, Espelho da Vida, e conta em entrevista à Marie Claire que amou ser convidada para o papel. Ela explica que já trabalhou com esta mesma equipe em Além do Tempo e narra seu prazer em dar vida a estar personagem tão complexa.

“Ela beira a psicopatia, tem zero empatia pelas pessoas e a relação mais próxima que ela tem com o amor é por pura vaidade. A Isabel quer conquistar o Alain Dutra [vivido por João Vicente de Castro] pelo simples sentimento de posse, de poder. Claro que, por ser uma novela das 6, a autora, Elizabeth Jhin, tomará todo o cuidado para contar essa história e não pesará tanto na tinta por causa da classificação etária”

A maioria dos atores e atrizes sempre diz que é uma delícia viver um vilão. Alinne concorda plenamente com esta afirmação e coleciona algumas maléficas em seu currículo como a emblemática Silvia de Duas Caras, a mimada Luciana de Viver a Vida e a recente Diana em Rock Story.

“Adoro vilões porque tudo é possível nas suas ações e emoções, além de poderem ser mil coisas em uma só. No meu caso, dependendo da vilã, tento torná-la meiga, uma espécie de falsa mocinha e, às vezes, até brinco com a própria vilania. É delicioso ter vários caminhos e poder ser quem você jamais seria. É bom porque você atravessa um limite que não é seu e pode perder o senso crítico sem culpa. Não é você, entende? Dependendo da cena, você grita, se joga e vai do 8 ao 80 em segundos! E essa montanha-russa é bem divertida porque gosto da adrenalina no meu trabalho”

Por mais que ela faça este trabalho com maestria, tornando tudo com um quê de realidade, a atriz é da paz. Ela não se acha nada parecida com sua atual Isabel e tampouco tem as mesmas crenças religiosas de boa parte dos personagens de Espelho da Vida.

“Não tenho religião, tenho fé. E uma coisa não tem nada a ver com a outra. Acredito nas coisas boas. Pratico o bem e acho que assim se colhe o mesmo. Sigo nesse caminho de forma genuína e com o meu coração em paz. Sou mais feliz assim”

Alinne também comenta que não busca respostas sobre o que há depois da morte e prefere focar na vida em que vive.

“Não temos como ter certeza de nada. Só que nascemos e que um dia vamos morrer. Independente disso, a vida é um sopro, muito curta para se viver pensando na morte ou no que viria depois dela. Viver me interessa mais. Cada coisa no seu tempo... Quero viver o aqui, o agora e no trajeto do bem, sempre.”

Site: Marie Claire