26 de setembro de 2009

Sete motivos porque amo Viver a Vida

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É complicado você fazer crítica de uma novela, em que personagens fundamentais, como Dora (Giovanna Antonelli), Rafaela (Klara Castanho) e Bruno (Thiago Lacerda), ainda não entraram e outros (como a Malu, de Camila Morgado) não começaram a desenvolver sua trama. Mas, ao menos, posso tentar explicar por que me joguei de corpo e alma nos braços do autor Manoel Carlos, do diretor Jayme Monjardim e dos atores de Viver a Vida. Sim, admito. Já estou viciado na novela. Elaborei, então, uma lista com sete (meu número da sorte) motivos para explicar essa minha paixão arrebatadora. Confira!



Taís Araújo
Independente de eu amar Taís como pessoa, sou inegavelmente fã da atriz. Intérprete de personagens já antológicos na TV, como Xica da Silva, da novela homônima de 1996, a hilariante Ellen (Cobras & Lagartos/2006), a batalhadora Preta (Da Cor do Pecado/2004), a doidinha Selminha Aluada (Porto dos Milagres/2001) e a invejosa Edvânia (Meu Bem Querer/1998). Pois Taís estreia como protagonista da novela das 9 da Globo com muita elegância. Ela empresta para Helena firmeza de caráter, determinação e paixão. E, Deus do céu, como está linda! Cada vez que ela surge na tela é uma aparição. Ilumina por onde quer que passe.


Texto de Manoel Carlos
Manoel Carlos é um cronista do cotidiano. Suas novelas não guardam mistérios, não têm assassinos em série ou aventuras. São baseadas na emoção e sua matéria-prima é o ser humano. Por isso o texto é tão importante. Os diálogos de Maneco tocam fundo e é necessário um espectador atento e sensível a cada detalhe. Em Viver a Vida isso não é diferente. Bebo tudo o que é dito pelos personagens, mas, por enquanto, estão na boca de Tereza (Lilia Cabral) as frases mais marcantes. É tanta amargura e uma necessidade voraz de superar os 30 anos de infelicidade que até agora não sei se sinto pena ou uma certa raiva da ex-modelo. Depois do capítulo a que assisti hoje acho que ficarei solidário a ela. O texto de Helena também é muito bom e quero ver o rumo que o novelista dará para sua protagonista. As Helenas de Manoel Carlos costumam ser transgressoras, sem limite, ávidas por viver a vida. Estou curioso para saber qual será a transgressão da Helena de Taís.


A direção de Jayme Monjardim
Todas as características que citei acima sobre o texto brilhante de Manoel Carlos podem se tornar um pesadelo para um diretor. Enfrentar o estilo intimista e delicado do autor requer um “maestro” na mesma sintonia. O curioso é que Jayme Monjardim se consagrou como um diretor de cinema na TV. Suas obras – como Pantanal (1991), Terra Nostra (1999) e A Casa das Sete Mulheres (2003) – eram grandiosas. Quase operísticas. E os temas de Manoel Carlos são sonatas. Mas a união desses dois talentos, que já tinha dado certo em Páginas da Vida (2006) e Maysa – Quando Fala o Coração (2009) chega ao ápice agora. A assinatura característica de Jayme está lá nas paisagens deslumbrantes, na fotografia de tirar o fôlego e nas marcações do elenco mais abertas. Mas ele está sabendo respeitar e valorizar as necessidades do texto de seu parceiro. E o resultado é um belo casamento. Que, certamente, resultará em mais uma apoteose dos dois.


Elenco veterano
Só quem tem mais de 30 anos pode imaginar o prazer que dá rever Lolita Rodrigues na tela. Pioneira da televisão, apresentadora, cantora, atriz... Lolita sempre foi plural. E em Viver a VidaO CasarãoA Favorita (2008), achei que José Mayer nunca mais fosse viver um galã. Mas ele ressurge cheio de charme como o sedutor Marcos e consegue outro gol de placa nas cenas românticas com Taís Araújo. Lilia Cabral é uma atriz admirável. Valoriza cada cena, cada palavra de seu texto e nos brinda com desempenhos maravilhosos. Já Natália do Vale é uma das musas de minha juventude. Como pode uma mulher ficar mais linda a cada ano que passa? Pois Natália está deslumbrante como Ingrid e, como Lilia, é do tipo de atriz que mesmo muda numa cena consegue brilhar. E é o que ela tem feito. E fará muito mais, tenho certeza.


Boas Surpresas
Confesso que nunca gostei dos desempenhos de Alinne Moraes. Achava a moça fraca, sem brilho. E como a megera Sílvia, de Duas Caras (2007), naveguei contra a corrente e detestei sua interpretação exagerada, cheia de caras e bocas. Porém, em Viver a Vida tiro o chapéu para a moça. É difícil pegar uma personagem tão chata e mimada como Luciana. O risco de se tornar insuportável é enorme. Mas Aline agarrou sua patricinha com garra, fez dela uma pentelha sim, só que também emprestou humanidade. Luciana é apenas fruto de um casamento fracassado, de relações desestruturadas. Não tem limites e sofrerá um terrível golpe quando ficar tetraplégica. A partir daí a atriz precisará se desdobrar para evitar cair no sentimentalismo. Se conseguir, estará credenciada para entrar no hall das grandes jovens intérpretes do país. Não tenho como deixar de lado Mateus Solano. Dar vida a gêmeos também é um trabalho hercúleo. Se um é muito mal e o outro é bonzinho, pode até facilitar a vida do ator. Mas Miguel e Jorge são seres humanos comuns. É verdade que Jorge é mais sisudo e Miguel, extrovertido. Mas Mateus construiu a personalidade dos dois com muita sensibilidade e inteligência. E o resultado é bacanérrimo de se assistir.




Trilha Sonora Inspirada
Novela de Manoel Carlos no ar é certeza de que vamos ouvir músicas muito boas na trilha sonora. E é o que acontece. Já na abertura (fraquíssima, por sinal) tem uma pérola do cancioneiro nacional pouco valorizada, Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão), na voz de um supertrio: Tom Jobim, Miúcha & Chico Buarque. Outra delícia de se ouvir é a deusa Gal Costa com Mar e Sol. E ainda na linha tupiniquim viajo ao som de Mais Alguém (com Roberta Sá), Gostava Tanto de Você (Tânia Mara) e Roberto Carlos inspiradíssimo com A Mulher Que Eu Amo. Em breve ainda teremos Esconderijo (Ana Cañas), Partido Alto (Cássia Eller), Gospel (Raul Seixas), A Turma da Pilantragem (Maria Rita & Ed Motta) e Shimbalaiê (Maria Gadú). Do lado internacional, outras gostosuras: Close To You (Bebel Gilberto), Fallin' For You (Colbie Caillat), Singin' In The Rain (Jamie Cullum), Disappear (Beyoncé), Too Marvelous for WordsSchwere Träume (Sarah Brigthman), Lost Inside Your Heart (Marina Elali & Jon Secada), 22 (Lily Allen), My Girl (Tiago Iorc), King of Rome (Pet Shop Boys), além dos instrumentais de Summertime e My Funny Valentine. Dá para resistir? Eu não consigo!



O que vem por aí....
Estou louco para que Giovanna Antonelli entre logo na novela. Adoro tudo o que ela faz, mas desta vez a expectativa está na parceria de sua personagem Dora, com a filha dela, Rafaela, vivida pela pequena Klara Castanho, que será a materialização da maldade e irá manipular a mãe a fazer muitas vilanias, principalmente contra Helena. Com certeza vai causar polêmica, que é outra característica bastante forte nas tramas de Manoel Carlos. Quero ver também como o novelista usará Malu (Camila Morgado) como sua voz na novela. Eu li que ela poderá aparecer até mesmo ao vivo para dar notícias sobre economia. Se for verdade, vai ser muito bacana. Para completar, Thiago Lacerda (Bruno) e Rodrigo Hilbert (Felipe) completarão o elenco masculino, para alegria das moçoilas de plantão. Está bom pra você?

(Contigo - Jorge Brasil)






  • By Myself

Se conseguir, estará credenciada para entrar no hall das grandes jovens intérpretes do país.

Afff.. What? Ela já faz parte.
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