2 de setembro de 2011

Alinne na Revista 'Quem'

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0,,224019,00Agosto/2011


Objeto de desejo tanto na novela O Astro quanto no filme O Homem do Futuro, a atriz Alinne Moraes avisa que o namoro com Felipe Simão está ótimo, diz que não recebe cantadas, não se sente bem com sexo sem amor e é muito intensa em tudo que faz


Por Luciana Barcellos; Fotos: Jorge Bispo/Ed. Globo
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De calça jeans, tênis e camiseta, Alinne Moraes chega ao encontro com QUEM sem um pingo de maquiagem, nem mesmo batom. E chama a atenção por sua beleza. A atriz, de 28 anos, tinha acabado de fazer três horas de balé, atividade que pratica há sete anos. Chega ao estúdio cinco minutos antes do horário combinado. Toma um café, come dois pães de queijo e só então começa a ser maquiada. Naturalmente simples, como a taxista Lili que interpreta em O Astro. Na novela das 11, Alinne é objeto de desejo de vários personagens masculinos. Realidade que jura não enfrentar no dia a dia. “É muito difícil um homem se aproximar”, afirma. Há seis meses, namora o empresário Felipe Simão, 29 anos, mas evita expor o relacionamento. “A gente está superbem”, resume. Nesta entrevista, ela revela que perdoaria uma traição, confessa que precisa estar apaixonada e que sexo é fundamental numa relação. Mas avisa: “Sexo sem amor é possível, mas eu não me sinto bem”. 
Lili é mais uma personagem da atriz que rouba a cena. Em nove anos de carreira, Alinne já acumula uma lista de papéis marcantes, como a psicopata Sílvia de Duas Caras (2007), e a tetraplégica Luciana de Viver a Vida (2009). Natural de Sorocaba, a atriz teve uma infância sem luxos, em uma chácara, com a mãe, a professora de arte Ana Cecília Doreli, e a avó Maria. Alinne estudou em colégio público, andava descalça e ajudava nas atividades da casa. “Era um pacote de biscoito para o mês inteiro”, diz a atriz, que só conheceu o pai, o fotógrafo Luís Otávio, com 21 anos (ele morreu um ano depois). Atualmente, mora numa confortável casa de quatro quartos, piscina, jardim e churrasqueira, num condomínio de luxo no Itanhangá, Zona Oeste do Rio, comprada por ela com o dinheiro que ganhou quando trabalhava como modelo. É lá que, no fim de semana, gosta de reunir os amigos para comer churrasco e jogar pôquer.



QUEM: Você costuma fazer personagens marcantes, que roubam a cena, como a Luciana, em Viver a Vida, e agora a Lili, em O Astro. É escolha sua?
ALINNE MORAES:
Não. Sou densa mesmo, sou intensa. Isso faz parte, cada um dá o que tem.
QUEM: É muito cansativo? Você sofre com os personagens?
AM:
Tento sofrer cada vez menos e me distanciar cada vez mais. Em Como Uma Onda, teve uma cena em que quebrava o quarto inteiro. Quando vi, o copo estava quebrado e levou o meu dedo (ela cortou uma falange do dedo indicador). Meu dedo foi congelado e fui direto para o hospital. Foi reimplantado e colado (risos). Na hora, quando caiu, não chorei, só falei: “Gente, me ajuda aqui”.
QUEM: Como foi fazer as cenas de sexo de O Astro? Você chegou a aparecer meio desfocada. Foi um pedido seu?
AM:
Dizem que toda nudez será liberada, né (risos)? A partir das 11 não tem mais problema. Todas as cenas estão sendo feitas com muita delicadeza. Mas não foi um pedido. As personagens têm seduções diferentes.
QUEM: A Lili se envolveu com um homem muito mais velho. Já aconteceu isso com você?
AM:
Nunca, mas não teria problema algum. Namorei muito tempo, né? Sempre pessoas no mesmo momento de vida, com os mesmos sonhos, a mesma idade, os mesmos medos.
QUEM: A Lili perdoa o namorado quando ele diz que transou com a ex porque estava alcoolizado. Como você agiria?
AM:
Se fosse o amor da minha vida, eu perdoaria.
QUEM: Você já foi traída? Ou prefere não saber?
AM:
Nunca soube de nada e sou feliz do jeito que sou. Se fosse diferente, não sei se continuaria tão tranquila.
QUEM: Que tipo de homem a atrai?
AM:
No primeiro momento, o que me atrai é o comportamento da pessoa. O jeito, o olhar, a forma de se expressar. O que está conversando, questionando, a história da pessoa. A voz, o cheiro, coisas simples. É uma coisa muito animal, primitiva.
QUEM: Você já namorou homens bonitos – Cauã Reymond, Sergio Marone, o empresário Rodrigo Mendonça e agora Felipe Simão. Beleza também conta?
AM:
Chama a atenção, né? Num primeiro momento é muito interessante, mas não é o que fica. Beleza não é fundamental, passa. Não dá para você ficar vendo só os olhos e a boca, o cabelo... São outras coisas que encantam.
QUEM: Que tipo de cantadas recebe?
AM:
Não recebo tantas cantadas. Acho que tenho uma certa postura que dá um pouco de medo.
QUEM: Acha que intimida os homens?
AM:
Acho que sim. É muito difícil um homem se aproximar e chegar. As pessoas têm um certo distanciamento. Sou meio boba para essas coisas (risos). Também só presto atenção no que acho muito importante. A última partiu de uma pessoa que já conhecia.
QUEM: Foi do Felipe?
AM:
Não me sinto à vontade falando dele. Porque já expus outros relacionamentos. E se aprende com os erros. É como uma pedra preciosa que a gente ganha e não quer ficar exibindo.
QUEM: Como está o namoro?
AM:
Está superbem. São seis meses, é muito pouco, é uma relação que ainda está aprendendo a se focar. A gente está se conhecendo ainda.
QUEM: Pensam em se casar?
AM:
Tenho 28 anos, tem muito tempo. Não penso em casar amanhã. Não sei o que vai acontecer. É como meu próprio trabalho. As coisas vão acontecendo no devido momento. Não gosto muito de planejar.
QUEM: Você disse que é muito intensa. É também nos seus relacionamentos? É do tipo que se entrega totalmente?
AM:
Sou intensa em tudo, em todas as relações estou sempre muito presente.
QUEM: Sexo é fundamental?
AM:
Sexo é fundamental num relacionamento. E com amor também. Sexo sem amor é possível, mas eu não me sinto bem.
QUEM: É do tipo de pessoa que precisa estar apaixonada?
AM:
Preciso estar sempre apaixonada, senão não acredito. Sou muito apaixonada pela vida, minha família, meus trabalhos. Minha paixão é constante.
QUEM: Tem vontade de ter uma família? Quer ter filhos?
AM:
Tenho, mas não sei como nem quando. E não tenho pressa nenhuma, porque sou muito nova. Ter filhos faz parte de todo o processo. Acho que vou ter, sim. Quero ter família grande.
QUEM: Você foi criada numa chácara com sua mãe e sua avó. Que lembranças traz dessa época?
AM:
Boas: de pular muro para brincar com os filhos do caseiro, de correr descalça com os cachorros, de brincar no lago. Eu matava e depenava galinha com minha avó. Depois, ela foi morar num condomínio e eu brincava e jogava vôlei com os meninos o dia todo na rua. Era muito moleca, curti muito.
QUEM: Passaram por dificuldades?
AM:
Minha família sempre teve pouco dinheiro, sempre trabalhou e recebeu o suficiente para o mínimo de conforto. Era um pacote de biscoito para o mês inteiro. Era muito limitado. Estudei em colégio público. Depois, ganhei bolsa e estudei em escola particular.
QUEM: Como foi só conhecer seu pai, o fotógrafo Luís Orlando, aos 21 anos?
AM:
Pensei que fosse ser mais mágico, como esses encontros de programa de televisão. Mas as coisas não são assim. São duas pessoas em mundos diferentes. Graças a Deus, tivemos essa oportunidade. Fiquei umas cinco, seis horas conversando com ele sem parar. Sempre com muito respeito e delicadeza. A gente precisaria de muitas outras, mas ele já estava doente. Um ano depois, veio a falecer. Ele morreu de infarto e tinha obesidade mórbida. Em nenhum momento o julguei.
QUEM: Nunca tinham se visto? Foi difícil viver sem pai?
AM:
Eu o vi com uns 4 anos, mas foi muito rápido. Ele morava em outra cidade. Quando há uma ausência, você não tem outra realidade, simplesmente aprende que é assim e pronto.
QUEM: Você é uma mulher que todas gostariam de ser: magra, charmosa, bonita, com boca carnuda...
AM:
Que come de tudo (risos). Mas a boca não é mais sonho de consumo, não. Agora é só entrar e comprar uma boca (risos). Antigamente, eu era ponto de referência: “Ali, ao lado da bocuda”.
QUEM: Sofreu por isso?
AM:
Na minha época, o bocão não era muito valorizado. Hoje em dia, é muito! Mas sofri. Diziam que eu não precisava pegar guarda-chuva quando saísse na chuva, era só puxar o meu beiço para trás, era Bocão Royal, Beiçola... Mas me preparou para a vida. Nada me deixou traumatizada.
QUEM: Acha que mulheres e homens vivem um momento de igualdade?
AM:
Não somos iguais, pensamos de modo diferente, temos gostos diferentes. O homem é mais forte. Não sou feminista nem machista.
QUEM: Você é do tipo forte ou frágil?
AM:
A vida me preparou um pouco mais forte. Suporto uma rejeição com mais facilidade.
QUEM: No filme O Homem do Futuro você canta. Como foi a experiência?
AM:
Fiz aquilo mais de coração, como um poema, do que cantando. Então, está com uma voz grave. O pessoal de Paulínia (no interior de São Paulo, onde as filmagens foram realizadas) me ajudou muito e o Wagner (Moura, protagonista do filme) também, aí dei uma relaxada. Para cantar, teria que estudar muito (risos).
QUEM: Você escreveu duas músicas que estão sendo gravadas. Uma delas, Luzia, pela Maria Gadú e Daniel Chaudon. Como surgiu a parceria?
AM:
Escrevo há muito tempo, mas achava a minha poesia meio ingênua. Mas meus amigos começaram a pedir para musicar. Já tem até samba!

COISAS DE ALINNE

image>> é emotiva “Eu me emociono com tudo. O Ney Latorraca brincava: ‘A Alinne se emociona até com o Se Vira nos 30 do Faustão’ (risos). Mas com a dor alheia, com a minha própria é muito pouco.”
>> dorme pouco
“Durmo cinco, seis horas. Sou uma pessoa muito agitada, prefiro dormir pouco mesmo. Me sinto menos cansada do que se tiver dormido dez horas. Mas quase nada me tira o sono.”
>> não tem tv no quarto
“A televisão é um instrumento muito forte para estar no quarto. Não estudo, não recebo amigos no quarto. Está sempre fechado. Só durmo, geralmente de camisetão ou moletom.”
>> ama suco de tomate
“O suco de laranja normal de todo mundo é o meu suco de tomate. Eu faço, tempero com limãozinho, tabasco, salzinho, pimenta-do-reino, gelo.”
>> joga pôquer
“Gosto de reunir os amigos para um churrasco em casa, jogar pôquer. Jogo bem, tiro dinheiro dos amigos, mas jogo pouquinho, 10 reais.”
>> é valente
“Não tenho medo de barata. Se tiver que enfrentar alguma coisa, vou. Lá em casa já teve gambá, já entrou mico. Rã eu tiro com chinelo ou vassoura e não mato. Minha avó já matou cobra na minha frente. Sei matar galinha, eu coloco a mão na massa (risos).”
>> só bebe para festejar
“Nunca saio para beber quando estou triste, porque sei que não vai sair coisa boa. Sair para beber com os amigos é só para comemorar. Nunca para falar de tristezas, aí, eu vou para a terapia.”
>> é romântica
“Sou romântica. A minha ótica de ver o mundo parece até uma ingenuidade, acredito no romantismo.”
>> comprou casas
“Comprei a casa da minha família com 16, 17 anos. E a minha também. Meu trabalho me trouxe muitas coisas positivas. Realizei um sonho.”
>> não é consumista
“É difícil me ver em shopping. A última vez que fui, foi com o Felipe para jantar. Tenho preguiça.”
>> tem defeitos
“Tenho vários, acho que sou muito crítica. Me vejo porque faz parte do trabalho. Não gosto de me ver com pessoas do lado.”
>> será doroteia no teatro
“A próxima personagem que vou fazer é Doroteia, na minha primeira peça do Nelson Rodrigues. É um drama que fala sobre estética, vaidade, beleza, hipocrisia. A personagem vai descobrir que o seu melhor pode ser o pior e o seu pior pode ser o melhor. Deve estrear no início do ano que vem.”
>> detesta mentira
“Saio do sério com mentira. A mentirinha, mesmo para poupar, em algum momento vai ser descoberta.”



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1 Comentários:

Jeferson Cardoso disse...

Olá! A Aline é linda e sensacional. Estar aqui neste blog é como ter um pouco dela, é magnífico. Parabéns por seu belo trabalho! Abraço do blogueiro amigo!

“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)

Convido para leia e comente os casamentos do meu blog. A história começa no de Sarah http://jefhcardoso.blogspot.com

 
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