1 de dezembro de 2007

Entrevista: Alinne Moraes será a grande vilã de ‘Duas Caras’

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1/12/2007

Foto: Márcio Mercante / Ag. O DIARio - Alinne Moraes está dividida. Não pode soltar todos os seus demônios, nem ser boazinha. Define Sílvia, em ‘Duas Caras’, sua personagem, como bipolar. “O perfil dela é muito aberto. Queria saber se era mocinha, vilã ou meio termo, não tive essa resposta até agora. Pelo blog do Aguinaldo será a Fera da Barra, mas não sei de nada oficialmente”, avisa a atriz, que, segundo o que já vazou da trama, será praticamente uma psicopata. Se for para ser má, Alinne vai mostrar um lado que controla no dia-a-dia. “É óbvio que dentro de mim, como de qualquer ser humano, existe um demônio. É bacana quando a gente conhece esse demônio porque podemos controlar. A pessoa inteligente escolhe a melhor parte de si e mostra esse lado”, admite.

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Alinne encontrou seu lado mau logo aos 5 anos. “Matei um coelhinho, mas não sei o que  aconteceu. Chorei muito. Não foi por maldade”, lembra. Agora, com o lado mau controlado, ela tenta ser boa, mas não muito. “Ser só bom também não é bacana. Você acaba sendo cruel com você mesmo. Não pode falar só sim”, filosofa com o pensamento construído depois de seis anos de terapia. É essa análise que a faz entender melhor as pessoas. “Algumas me traíram e voltei a colocar dentro de casa. Meu pai só foi me reconhecer quando eu tinha 17 anos de idade. Sempre trabalhei isso dentro de mim. Quando o encontrei nunca tive problemas. Ele me teve com 19 anos, isso assusta qualquer um. Ele morreu faz quatro meses”, lamenta.
Alinne conviveu com o pai por apenas 7 anos. “Ele era fotógrafo e eu adoro fotografia. Acho que puxei isso dele”, afirma. Filha única, criada pela mãe e a avó, Alinne costumava fantasiar no colégio. “Tinha bolsa em escola particular, era uma outra realidade. Criei um outro mundo, sempre disse que tinha irmãos, um pai, que já tinha ido para a Disney. Era uma questão de fantasia e defesa com 8 anos. Quando encontrei a carreira artística percebi que não precisava atuar na rua para ser bacana. A arte é algo que salva”, diz.
E é fantasiando como Sílvia que Alinne também trabalha a relação pai/filha. “Imagino a infância dela querendo disputar o pai com a mãe, chamar atenção, como toda menina. Já fiz esse link para entender por que ela se apaixona pelo Marconi (Dalton Vigh). Ele dá segurança a ela. É a imagem de homem que ela precisa”, analisa.
A maldade, que também vai unir Sílvia e Marconi, ela ainda não começou a trabalhar. “Se começar a fazer minhas cenas atuais, que são de menina apaixonada, já pensando no futuro, posso dar um tom errado para a personagem. Acredito no Aguinaldo Silva, ele vai me salvar e conduzir a trama para que essa transformação não seja louca”, espera. Por isso também ela  ainda não estudou a fundo a história da Fera da Barra. “Só sei que é baseada na Fera da Penha, uma mulher de classe média que descobre que o namorado era casado e tinha uma filha e mata a criança”, conta.


NAMORO SEM CASAMENTO
Enquanto em ‘Duas Caras’ a personagem não demora para aceitar o pedido de casamento de Marconi, na vida real Alinne está contida. “Sempre fui de morar junto. Tive um relacionamento de cinco anos com Vergniaud (Mendes) e de três com Cauã (Reymond), mas agora com o Sérgio (Marone) estou deixando tudo ter seu tempo. Primeira vez que não estou morando junto”. O casal namora há dois anos. “Quando comecei foi como se estivesse beijando meu melhor amigo. Sempre fomos cúmplices, curtíamos muito a noite”, lembra. Apesar de ter vivido tanto tempo com os outros namorados, Alinne não é do tipo que mantém ligações afetivas depois do fim do relacionamento. “Sou amiga, mas não melhor amiga dos meus ex. Já vivemos o que tínhamos para viver”, diz.


Cuidado com a imagem
Com a imagem pública desde os 12 anos, quando se tornou modelo, Alinne Moraes tenta ter o controle de sua carreira. “Não posso deixar na mão de outras pessoas a tarefa de tomar conta da minha imagem. É um aprendizado diário”, afirma. É esse aprendizado que a faz ser reservada e, quando quer se soltar, a festa é dentro de casa. “Não vou me expor com meus amigos num bar da esquina, porque é aberto. Minha calcinha pode aparecer, posso estar bebendo com os amigos e sair uma nota. Tudo pode ser aumentado.
Tenho que tomar muito cuidado com o que falo. Mas se sai algo sobre mim que não gosto, não sou do tipo que alimenta, não ligo para reclamar. Tenho a filosofia de que quanto mais mexe, mais fede. Você vai aprendendo até que ponto se expor”
, ensina. Esse é um dos motivos pelos quais ela disse ‘não’ à revista ‘Playboy’ quando estava no ar na trama de ‘Mulheres Apaixonadas’. “Hoje em dia o cachê não é a primeira coisa que conta. Gosto de saber qual é a equipe e a proposta de trabalho. Não faço determinadas revistas porque têm um apelo sexual. Algumas pessoas até acham que é artístico, mas não é segmento moda como eu gosto. No entanto, poderia estar sem roupa numa ‘Vogue’”, avalia.


Desprendida e generosa
Alinne Moraes, 24 anos, jura que não é o dinheiro que a faz dizer sim para uma campanha. “Já ganhei bastante, graças a Deus, posso ajudar minha mãe”, garante, acrescentando que não tem  uma ambição descontrolada. “Ganho muita coisa, mas meu guarda-roupa tem quatro portas. A mala do meu carro vive cheia de roupas para doar. Tive o mesmo fogão da marca Dako desde os 14 anos, estava todo arranhado. O Ney Latorraca uma vez brincou, dizendo que o fogão me acompanhava até para as festas. Mas por que eu ia trocar se funcionava?”, questiona.
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