25 de setembro de 2018

Entrevista para a Quem

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Com temática espírita, a novela se passa em dois tempos simultaneamente: 2018 e 1930. Cris é atriz e será a protagonista do filme baseado na história real de uma antiga moradora da fictícia Rosa Branca, Julia Castelo, vítima de um crime passional. Em sua pesquisa para o longa, Cris viaja ao passado, com a ajuda de um espelho, e descobre que é a reencarnação da própria Julia. Desde junho, a trama está sendo gravada em a trama está sendo gravada em Mariana, Tiradentes, Ouro Preto e Carrancas (MG). Alinne, que diz não seguir nenhuma religião, afirma não acreditar em vidas passadas. "Só desejo o bem das pessoas. Acredito que bondade gera bondade", defende.

Como será sua vilã em Espelho da Vida?
Aline: A Isabel é bem vilã mesmo, vilã de folhetim. E em novelas da Elizabeth Jhin, ela não tem medo. Mesmo porque são duas histórias e pode ser que muitas dessas maldades sejam justificadas pela outra personagem, que vive em 1930, entendendo como ela se tornou essa pessoa. Estou sem medo de carregar porque já está muito claro e não tem como deixar um pouco mais doce. É uma personagem humana, mas vamos ver até onde o ser humano é capaz de chegar. A Isabel não mede esforços para conseguir o que quer.

É sua segunda parceria com a Elizabeth Jhin…
Alinne: Voltar como antagonista é a coisa mais incrível do mundo. Em Além do Tempo[trama de Elizabeth Jhin exibida entre 2015 e 2016], também contamos duas histórias. Agora é um trabalho completamente diferente, numa outra posição. A outra antagonista dela, de Além do Tempo era mais mimada e leve, essa de agora é bem pesada, demoníaca (risos). Tanto que quando fui fazer a escolha dos vestidos para figurino, disse: 'bora pro vermelho'. Ela vai infernizar o Alain, mas nessa relação com ele, saberemos quem é o verdadeiro antagonista da história.



Ela tem um quê de humor?
Alinne: Eu acho que toda vilania, principalmente quando é muito ao extremo, fica tão surreal que acaba tendo um ponto de leveza. São tão surreais as possibilidades que ela se torna um pouco engraçada, pouquinho.

E tem a ver com as vidas passadas?
Alinne: Sim. Muito dessa vilania toda dá para entender o motivo. Ela se tornou essa mulher amarga, má e egoísta por conta desse passado visto em 1930. Não posso dizer que quem era bom vai ficar ruim, quem era ruim vai ficar bom, mas vocês vão se surpreender o tempo inteiro. É uma loucura.

Como foi a preparação para os personagens?
Alinne: Começamos a preparação para 1930 agora, está tudo bem recente. Brinco que é um trabalho esquizofrênico. Ao meio dia estamos em 1930, às seis da tarde estamos em 2018. Como não temos cidade cenográfica por uma opção do Pedro Vasconcelos, estamos tendo essa coisa de cinema, de ter a oportunidade de estar em uma cidade de verdade gravando. O que deixa tudo um pouco mais delicado por termos que viajar sempre para Mariana, Tiradentes e Carrancas (interior de Minas Gerais). As imagens são lindas, trazem uma veracidade incrível.




Você já teve um déjà vu (sensação de estar de frente a uma situação já vivida)?
Alinne: Já, muitos! Acho que todo mundo já deve ter tido essa sensação. Não é raro comigo, e como viajei muito, sempre tenho a sensação que já estive naquele lugar. Não fica claro o que é essa sensação, mas é muito boa. Outro dia estava com meu marido em um restaurante, estava tocando uma música, ele fez um gesto e pensei: ‘Gente, já estive aqui antes. Você fez esse gesto e estava tocando essa música desse mesmo jeito’.

Então você acredita em vidas passadas?
Alinne: Não. Acredito que teve um delay de memória ou no máximo uma sensação que me dá um alívio que está tudo bem.

E em reencarnação, você acredita?
Alinne: Já acreditei muito, mas não acredito, nem desacredito. Tenho muito mais coisa para pensar nesse momento do que ficar pensando se tem outra vida ou o que acontece depois que a gente morre. Essas perguntas eu me fazia quando era bem pequenininha, até mais ou menos sete anos e foi diminuindo. Tem gente que se pergunta depois dos 30, 40, e cada um tem um momento certo. Nesse momento da minha vida, tem coisas que exigem tanto de mim que não presto atenção nessas outras.

Você segue alguma religião?
Alinne: Não, só desejo o bem das pessoas. Me coloco muito no lugar das outras pessoas e acredito que bondade gera bondade.



Você levou seu filho para as viagens de gravação?
Alinne: Não. Ele está com 4 anos e já tem a rotina dele, os amiguinhos dele, e o que eu combinei com a produção é o seguinte: ficamos 10 dias por mês em cada cidade e eu pedi para ficar dois dias, voltar, depois ir de novo. Sou a única do elenco que tenho filho pequenininho e gravo muito. Falei: 'gente, vou estar 100% para vocês, mas se minha vida estiver OK, vou estar 100% aí porque teremos que gravar muito'. Meu filho entende o meu trabalho. Levei a Vitória (Strada) para jantar em casa e perguntei se ele sabia a história que eu iria contar na TV. Ele disse: 'você vai ser a bruxa'. Ele já percebeu que ela seria a 'princesa' da história. Ele adora teatro e consegue separar as coisas, graças a Deus.

Você sempre teve uma independência mesmo depois de ser mãe, de sair com o seu marido, mesmo com ele pequenininho…
Alinne: Ainda saio. Eu acho importante. Passamos o sábado todo com ele, colocamos ele na cama e deixamos ele com a babá para podermos jantar. Geralmente voltamos às 6 da manhã para a casa. O Pedro é uma criança noturna, ele dorme às dez da noite e acordo nove da manhã, então é bom porque podemos acordar meio-dia e só perdemos algumas horas com ele. E o casal se mantém. Acho que às vezes as pessoas acabam se esquecendo de onde tudo começou. Meu filho já sabe e até diz: 'mamãe está se arrumando porque vai namorar o papai'. Isso é a melhor coisa do mundo. Já viajar a dois, consegui ficar no máximo 5 dias, porque não consigo ficar longe do Pedro. Já conversei com várias mães atrizes que me disseram que depois de um tempo isso iria passar, que o trabalho ficaria sempre em primeiro lugar, mas comigo não é. Digo que hoje trabalho para poder viver, antes vivia para o meu trabalho.

O que mais a encanta nessa fase do Pedro, com 4 anos?
Alinne: Ele adora música. Está apaixonado por piano. É uma coisa que ele gosta muito e já acorda tocando, me mostrando como tocar. É uma coisa do pai também, porque o Mauro toca tudo, inclusive é quem faz as trilhas dos filmes dele. Dá até raiva ver lá: roteiro Mauro Lima, direção Mauro Lima, trilha Mauro Lima.

Você se considera uma mãe exigente?
Alinne: Estou menos exigente, graças a Deus. O início da maternidade é um momento muito delicado. A gente se assusta muito com tudo. Como eu estava trabalhando logo no primeiro ano, ficava muito focada e ligava o tempo todo perguntando se estava tudo bem em casa. É desesperador querer estar presente, mas não poder por estar trabalhando. E acabei me vendo um pouco controladora, algo que nunca quis ser. Estou bem mais leve, graças a esse um ano, de Rock Story para cá, que pude ficar mais presente com o Pedro. Pude entender que não é um grande problema. Minha avó passou por isso, minha mãe passou por isso e a gente precisa trabalhar.

Pensa em ter outro filho?
Alinne: Não. Eu sou filha única, minha mãe é filha única e ainda não tive essa vontade. Se tiver, talvez venha mais para a frente. Mas por enquanto não me vejo com outro filho. ~Quem
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