4 de agosto de 2008

Entrevista para 'Revista Maxim'

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Coroada pelo papel de uma vilã na última novela das oito, ela é disputada a tapa por grifes de roupas e pela indústria da publicidade. Todos querem a dona da boca mais sensual do Brasil. A diferença é que nós conseguimos



DONA DE TODA BELEZA


Nada de lua-de-mel assistida, paqueras televisionadas ou uma vida social turbulenta. Terminada mais uma novela, e seu primeiro papel de vilã, Alinne Moraes desfruta das delícias de estar sozinha. Acompanhamos a atriz em uma manhã contemplativa e o resultado é este ensaio: arrebatador. Como não se apaixonar por ela? A resposta você (definitivamente) não vai encontrar nas próximas páginas.

Seus coleguinhas do segundo grau que a chamavam de magricela e bocuda têm aparecido para dizer que tudo não passou de um mal entendido?
Não, nenhum deles apareceu, mas apareceu gente da família.

Família? Como assim?
Meu pai apareceu. Acho que ele já tinha muito essa vontade de me reencontrar e eu também. Eu não o via desde os meus sete anos. Ele estava casado com outra mulher e morava longe. Não tinha como vê-lo, até pelas condições financeiras. Tios por parte da minha mãe também apareceram. Procuro não julgar ninguém e acho que na vida a gente sempre ganha. Se tiver a ver comigo, estou sempre disposta a receber todos de braços abertos.

Como você lida com a falta de privacidade?
Outro dia escrevi no meu blog que morar um tempo fora do Brasil é muito bom porque você se sente uma pessoa desconhecida. Não que me irrite com meus fãs, muito pelo contrário. Sei que represento muito para muitas pessoas, mas às vezes não queria ser um exemplo 24 horas por dia. Quem sou eu para ser um exemplo? Tem coisas que faço e falo que não quero que sejam avaliadas publicamente. Mas você aprende a ficar atento, alerta e a saber onde está pisando. Se não quero me ver numa revista usando um biquíni na praia, não uso biquíni. Sei que sou visada e procuro controlar ao máximo minha exposição.

Você é considerada uma das mulheres mais sensuais do País. Ao mesmo tempo chegou para as fotos totalmente desencanada, brincando com todo mundo. Você se considera uma menina ou um muherão?
(pensa um pouco) A menina sempre vai existir, não tem como ela sumir. A mulher está aparecendo cada vez mais forte. Ela toma conta da menina e coloca limites. As duas precisam estar juntas para eu ser feliz. Procuro ser simples, natural, verdadeira.

No meio da sessão de fotos você devorou um queijo quente. Se tivesse opção teria comido um bom prato francês?
Olha, eu como de tudo. Mas se tiver que escolher prefiro uma comida simples, num barzinho com meus amigos. Se o barzinho for em Paris então, perfeito! (risos)

Quem são os seus amigos?
Sou muito criteriosa. São poucas as pessoas que entram em minha casa. Eu fico “paquerando”, tenho meu processo. Geralmente meus amigos são mais velhos, mais maduros. Meu trabalho em teatro e televisão me fez conhecer gente muito legal. Na época em que trabalhei num bar também fiz amizades muito boas.


"Tem coisas que faço e falo que não quero que sejam avaliadas publicamente"
 


Bar? Conta essa história direito.
Eu e meu ex-namorado abrimos um bar, o Bossa Nova. Servi chope e varri chão. A gente se divertia demais, foi uma época muito boa e gostosa. Eu tinha acabado aquela loucura de vida de modelo, quando fazia dez castings por dia em Nova Iorque e Paris. Diminuí o ritmo, conheci gente e engordei (risos). O Bossa existe até hoje.

Como é que você se comportaria se encontrasse um cara muito interessante hoje?
Quando eu quero, vou atrás. Sempre busquei quem eu quis e consegui. Minha intuição funciona bem, todas as minhas relações sempre deram certo. São nos momentos de descuido que costumo me apaixonar. Aquele descuido de propósito, sabe?

Às vezes este descuido termina em casamento, separação e em novas tentativas. Você já concluiu a etapa 1 e 2. Vai passar para a terceira?
Ah, isso não tem regra. A vida dá exemplos de conduta para quem estiver atento. Lembro de todos os conselhos que minha mãe me deu, mas a realidade é diferente, não existe receita para as coisas. E também não vejo problema em ficar sozinha por dez anos.

15 segundos para você falar o nome de três casais da sua geração que estão “felizes para sempre”.
Eu não me lembro! Minha geração é repleta de pais separados e, como conseqüência, buscamos muito o individualismo. Não tivemos muita referência do que é crescer dentro do amor de uma família. Essa coisa do romantismo do casal, da família , ficou meio perdida. Ah, lembrei de um casal!


Não vale, já passou mais de 15 segundos.
Tudo bem, eles nem são da minha geração mesmo...

Enquanto o próximo casamento não pinta: sexo, drogas e rock’n roll ou sombra e água fresca?
Tudo!

Tudo?
Claro, desde que as drogas sejam naturais.

Alinne, explica!
Drogas que você mesmo produz.

Alinne, explica!
Aquelas que você produz no seu corpo, na sua alma, na sua mente durante o sexo, fazendo balé, num bom papo...

O Ratinho declarou para a revista Flash que teu papel gay no “Mulheres Apaixonadas” foi uma baixaria. Qual o problema dele?
Acho que ele não tem nenhum problema. Ao mesmo tempo em que muitos me elogiaram e respeitaram aquele papel que eu fiz, também respeito outras opiniões. Acho que a gente não tem que dar o troco na mesma moeda, cada um tem suas idéias e posturas. Se me agredirem verbalmente no trânsito, eu mando beijos.

Os caras lá da redação querem saber se têm alguma chance de ser o “Sr. Moraes”. Dá um par de dicas para os coitados.
Olha, se teus meninos da redação quiserem ter uma chance, eles têm que ser diretos, sem rodeios. Outra coisa: tem que acontecer naturalmente e eu tenho que estar disponível. Nunca saí com uma pessoa porque os amigos programaram ou apresentaram, nunca aconteceu isso. Os sentimentos sempre apareceram naturalmente.

Os sentimentos já apareceram naturalmente durante uma entrevista?
(risos) Não! Agora estou focada em passar uma imagem real sobre mim mesma. Além disso esta entrevista foi programada!


"Não vejo problema em ficar dez anos sozinha"
Assistente de fotografia: Renato Abreu / Realização e edição de moda: Flavia Viana / Stylist: Clovis Vieira / Make-up/Hair: Ale de Souza (Officecomm) / Agradecimentos: Animale, Doc Dog, Wolford, Mary Zaide, Guess, Clube Chocolate, Louis Vuitton, Surface to air e Brechó Trash Chic
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